domingo, 7 de dezembro de 2008

.Discriminação da Mulher no Trabalho

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Artigo I, da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Muitas são as pessoas, que por inúmeros factores são discriminadas no seu local de trabalho. Infelizmente, a teoria de que todas as pessoas nascem iguais em dignidade e direitos não é posta em prática. As mulheres continuam a ser o maior alvo deste tipo de discriminação.
Hoje em dia, há mulheres que ainda se deixam influenciar por ideologias antiquadas e machistas que defendem que “o lugar da mulher é em casa a tomar conta dos filhos e a trabalhar para o bem estar da casa e da família”.
No entanto, há outras que são tremendamente discriminadas a nível profissional. São diariamente humilhadas no seu local de trabalho. São vítimas de assédio sexual; vêm o seu pedido de emprego negado por terem filhos, ou simplesmente por serem mulheres; têm um salário mais baixo em relação a outrém do sexo masculino que exerça exactamente as mesmas funções, nas mesmas condições. A lista continua...

Factos que comprovam a discriminação sexual a nível profissional:
  • Na maior parte dos países em desenvolvimento, as mulheres não ocupam cargos directivos.
  • Existem hoje 60 milhões de trabalhadoras rurais que recebem em média três quartas partes do salário pago aos homens pelo mesmo trabalho.
  • Na América Latina, segundo dados da ONU, as mulheres com 13 anos de estudo ou mais ganham 38% menos que os homens com a mesma qualificação; e ainda, as mulheres analfabetas ganham 45% menos que os homens nas mesmas condições.
  • Na Alemanha, o desemprego das mulheres oscila entre os 20 e os 25 por cento.
  • Na Bélgica, o subsídio de desemprego das mulheres depende da situação do «chefe de família» - o homem.
  • Na Roménia, entre 60 a 70 por cento das mulheres estão no desemprego. Neste país verifica-se que as mulheres, independentemente da sua qualificação académica, suprem as suas necessidades como vendedoras em lojas ou na rua.
  • Em Portugal, a diferença salarial entre sexos situa-se nos 22,6%.

Como é que é possível que em pleno século XXI ainda tenhamos que viver com problemas de discriminação sexual? Ficaremos indiferentes? Onde está a noção de Igualdade? De Justiça? De Fraternidade?


Caso exemplificativo da discriminação da mulher no trabalho:

(Notícia publicada no Jornal Porto Net, no dia 3 de Maio de 2008)
Mulheres têm mais estudos, mas são mais discriminadas no trabalho. O JPN ouviu um exemplo das dificuldades de conciliar emprego e maternidade.

Hoje é proprietária de duas lojas da empresa que um dia a discriminou. Sofia, nome fictício, recorda que foi seleccionada entre "mil e tal pessoas que eles entrevistaram". Um dia de alegria, que se desvaneceu duas semanas depois, quando soube que estava grávida.
O facto de ter engravidado, como tanto desejava, obrigou-a a permanecer no desemprego. "Já não queriam", diz Sofia. "Deram-me a escolher entre o emprego e o bebé, e eu optei pelo bebé", reforça.
Sofia fala com indignação do momento de "desânimo" que atravessou. Acabou por sofrer um aborto espontâneo. Foi então que entrou novamente em contacto com a empresa, que a admitiu prontamente.

Photobucket

(A discriminação sexual é a mais verificada, nos dias de hoje, logo a seguir à discriminação racial)


(Vídeo alusivo às diferentes formas de discriminação no trabalho)


(Vídeo que remete para a reflexão da discriminação à escala global)

1 comentário:

Humano Francisco disse...

Em duas palavras: muito bom!