sábado, 7 de novembro de 2009

"A ciência, o Poder e os Riscos" por João Carlos Madeira

Boa noite Humanos
Andava em pesquisas e encontrei um texto na internet que me pareceu perfeito para postar aqui e quem sabe, servir para os trabalhos que estão ou virão a ser desenvolvidos. Deixo também no fim do texto o endereço do texto para o caso de alguém precisar.
" “A Ciência, o Poder e os Riscos” é um tema que se estende a numerosos assuntos, no qual se podem englobar diversos problemas acerca da ciência e explorá-los de acordo com a sua importância: o surgimento histórico-social da ciência, o trabalho e as tecnologias, o impacto da sociedade da informação no dia-a-dia, a industrialização e o impacto ambiental, a ética, a genética, entre muitos outros. Esta é sem dúvida uma questão muito importante que se insere, ainda que indirectamente e pouco valorizada, nos dias de hoje, na vida do vulgar cidadão.
A Ciência foi um saber que surgiu, e que tem vindo a evoluir cada vez mais, o qual, se não for travado poderá mesmo ultrapassar os limites do conhecimento possível e chegar mais longe que o provável. Ao lançar-se numa busca interminável e incessante do conhecimento, a Ciência dispões de inúmeros métodos, os quais constituem uma ajuda fundamental na sua procura. Um dos princípios da ciência é sem dúvida o controlo e a modificação da natureza, que após mexida e remexida, após explorada e despoletada de interesse, se torna num brinquedo nas mãos dos cientistas. É uma realidade subordinada aos interesses do homem. O homem, identifica-se então com um ser, que para atingir os seus objectivos e satisfazer os seus interesses – dominar e ultrapassar as leis da natureza – é capaz de tudo, transpondo mesmo os limites do razoável.
A Ciência, como todos sabem, tem trazido inúmeros benefícios ao ser humano, desde as descobertas mais fascinantes às mais úteis (química, física, matemática…). Contudo, nem tudo são rosas, e como tudo o que é bom tem seu lado negativo, também a ciência possui consequências menos boas, ao conferir ao homem o poder de se aproveitar das descobertas científicas da pior forma possível. Aqui se insere perfeitamente o ditado “não há bela sem senão”.
Será possível que algo tão bom, por vezes tenha resultados tão catastróficos? Como evitá-los? Se calhar, se a ciência não existisse, não teríamos tido consequências tão graves no mundo. Temos o exemplo da crescente poluição, provocada pelas indústrias e máquinas, fruto da inteligência e incessante vontade de conhecer do homem. Contudo, se a ciência não existisse, se o conhecimento tivesse limites, qual seria o interesse de viver? Quais os nossos objectivos? Quais as nossas ambições na vida? Provavelmente estes aspectos nem fariam sentido, já que o próprio conceito de evolução também não existiria, e tudo seria um nada.
Os responsáveis pela ciência e pelo que ela é capaz de fazer, têm que impor limites e travar estes exageros loucos e inconscientes, pois tais problemas não advém do conhecimento que a ciência transmite, mas do uso inadequado (ou não) que é feito dele. Os cientistas devem assim, dar uma noção do poder da ciência e do que o conhecimento humano é capaz. Transmitir o seu trabalho ao cidadão e não se esconderem a 7 chaves. " - João Carlos Madeira

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

.Dia H - Manipulação Genética

Mais um ano lectivo, mais um ano de trabalho e o nosso Dia H já está marcado - 5 de Maio de 2010.
Este ano o tema do Dia H será "A ciência, o poder e os riscos", tal como já foi anunciado pelo professor João Eira, e um dos subtemas será a Manipulação Genética. Foi pegando neste subtema que encontrei no youtube, um vídeo que poderá servir de ponto de partida para quem for trabalhar este tema que levanta várias questões, que nós, como Humanos, gostavamos de ver esclarecidas e debatidas.
Fica aqui o endereço do vídeo, espero que gostem...
http://www.youtube.com/watch?v=1s1MqVFUe_8

sábado, 3 de outubro de 2009

.Direitos Humanos, Ciência e Modernidade

Caros Humanos,
É legítimo perguntar: Qual a relação que podemos estabelecer entre Direitos Humanos e a Ciência?
Lanço-vos o desafio de lerem, atentamente, o que Ricardo Stanziola Vieira, PPGICH, UFSC em Dezembro de 2004, tem para nos dizer:

"A tese propõe uma análise interdiciplinar do dilema direitos humanos/ biotecnologia e suas implicações para a modernidade. Embora já venha tendo um tratamento jurídico, este dilema traz desafios de novas proporções para as instituições normativas e de governabilidade da modernidade. Posto que tais desafios se apresentam em diferentes contextos, a tese busca situar, de forma interdiciplinar, algumas perspectivas do problema, dentre as quais se apresentam os Direitos Humanos, a Ciência e a biotecnologia, a Bioética e o “Biodireito”, os enfoques sociológicos e económicos, bem como novas perspectivas filosóficas. Procura fazer uma abertura interdisciplinar trazendo à tona a dimensão complexa do dilema. Aprofunda a temática jurídica no que respeita ao surgimento e tutela de novos “bens jurídicos” como a integridade genética individual e o genoma humano, que podem ser denominados didacticamente por direitos humanos de quarta dimensão. Analisa o contexto de avanço da biotecnologia, os seus efeitos reais e potenciais sobre a natureza humana, nos dias correntes, pelo que se pode falar do século XXI, como o “século biotecnológico”. Problematiza a respeito da pretensa neutralidade e imparcialidade do discurso científico em torno das novas biotecnologias. Investiga as proposições da bioética e do biodireito, como alternativas à lógica desenvolvimentista científico-tecnológica. Aprofunda algumas diferentes possibilidades da bioética e do biodireito, situando a realidade brasileira e o contexto mundial. Discorre sobre as implicações da “revolução biotecnológica” com relação ao contexto de globalização, complexidade e crise das instâncias estatais e interestatais de regulação jurídica modernas. Busca analisar, em que medida a biotecnologia não representa um desafio de proporções inéditas para as instituições modernas, como o Estado de Direito. Estuda de que forma o dilema em questão representa uma “encruzilhada”, com uma opção pelo limite obrigatório, e outra opção, pela continuidade dos processos modernos de desencantamento e secularização, que podem levar, inclusivé, ao desencantamento e secularização da própria natureza e dignidade humanas. A tese objectiva, por fim, re-situar, o debate dos direitos humanos, no complexo da modernidade contemporânea".
Palavras chave: Direito; Direitos Humanos; Modernidade; Estado de Direito, Ciência; Biotecnologia; Princípios Jurídicos; Bioética; Biodireito; Complexidade; Secularização.
Cad. de Pesq. Interdisc. em Ci-s. Hum-s. ISSN 1984-8951, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
No estudo dos temas/problemas do Mundo Contemporâneo, em Filosofia, no 11º ano, iremos desenvolver "A Ciência, o poder e os risccos" que será o tema principal a ser celebrado no DIA H (O Dia Humano ) - dia 5 de Maio de 2010.
Os subtemas que poderão desenvolver nos trabalhos de projecto serão:
  • Tecnociência (prós e contras);
  • Cientismo;
  • Biotecnologia (prós e contras);
  • Tecnociência e ética;
  • Bioética;
  • O papel da Filosofia;
  • A manipulação genética;
  • Outros que se enquadrem nesta temática e que os professores sugiram.

Os vossos professores de Filosofia da ESPAN, dar-vos-ão indicações objectivas do trabalho a desenvolver, da metodologia do trabalho projecto bem como a forma como serão avaliados nesses trabalhos. Os melhores trabalhos serão apresentados no dia 5 de Maio - Dia Humano.

Mãos à obra e bom trabalho.

Aqui respira-se humanismo.

O Humano, João Eira

Já agora, aqui fica uma hiperligação para um video do youtube acerca da Bioética. Não na língua de Camões, mas na de "nuestros hermanos".

http://www.youtube.com/watch?v=obVIw8_gMCs

Fica uma outra, da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, homologada pela UNESCO em 19/10/2005.

http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001461/146180por.pdf

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

.OS HUMANOS E A CIÊNCIA NA GULBENKIAN

FOTOS DA VISITA DE ESTUDO À GULBENKIAN
"NOITE DOS CIENTISTAS"/"CIENTISTAS AO PALCO"
25 de Setembro de 2009
Turmas: 11ºA e 11ºB - ESPAN
















































No dia 25 de Setembro de 2009, no âmbito das disciplinas de Filosofia, Português, Biologia, Matemática, Física e Química e Inglês, os alunos das turmas 11º A e 11ºB da ESPAN fizeram uma visita de estudo à Gulbenkian e participaram na actividade a "Noite dos Cientistas", "Cientistas ao Palco", promovida pelo Instituto de Ciência da Gulbenkian.

Estes Humanos tiveram uma tarde de aprendizagem, de animação e de convívio, percorrendo as várias áreas da Ciência, através da realização de actividades e de experiências científicas.

Acompanharam estes Humanos, os Humanos professores: João Eira, José Carvalho, Amélia Marques, Júlia Rodrigues, Lurdes Freire, Manuel Branco, Fátima Pirralha.

Alunos e professores contactaram com cientistas e o evento teve como mote a preparação para o grande DIA H (Dia Humano) a realizar na nossa escola no dia 5 de Mao de 2010.

Para que não fiquem dúvidas, deixamos aqui uma pequena reportagem fotográfica.









quarta-feira, 30 de setembro de 2009

.Mais um ano lectivo. O Projecto Humano continua...

Mais um ano lectivo se iniciou e o nosso Projecto Humano irá continuar.
Tendo o professor Francisco Oliveira mudado de escola e manifestado o desejo de não deixar morrer o Projecto Humano, tranferiu a administração do blog para mim, professor João Eira.
Cabe-me, agora, a responsabilidade de lhe dar continuidade.
Este ano, o tema a desenvolver no Dia da Filosofia (Dia Humano), será a "Ciência, o poder e os riscos".
Iremos desenvolver, à luz do ano lectivo passado, várias actividades ligadas à temática sobre a Ciência.
Aguardem novos desenvolvimentos.
Um abraço
O professor
João Eira

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

.Documentário sobre a pena capital

.Dia H - Fotos 1 -












.Dia H - Fotos 2 -












.Dia H - Fotos 3 -












.Dia H - Fotos 4 -















.Dia H - Fotos 5 -















segunda-feira, 27 de abril de 2009

.Dia H - Programa -

DIA HUMANO
Escola Secundária Padre Alberto Neto - 5 de Maio -
09.00 Abertura Musical por Ana Ribeiro – Chopin, valsa nº1, opus 64 & Metallica, nothings else matters
09.15 Início dos trabalhos
09.30 Nuno Guedelha, Ana Sinfrósio, Ricardo Mesquita: Eutanásia. Porque sim e porque não.
09.45 Ana Marques e Maxwell Quintão : O que é e para que serve a clonagem.
10.00 Filipa Silva, Catarina Falcão e Marina Duque: Violência doméstica.
10.15 Debate
10.30 Pausa para visita a exposições e feira de associações cívicas (no exterior)
11.00 Graal: Igualdade de Género.
11.30 Associação ILGA Portugal: Ser lésbica, gay, bissexual ou transgénero em Portugal e a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
12.00 Debate seguido de pausa para almoço
14.00 Carolina Santos, Melissa Vieira, Afonso Pinto: A escravatura, ontem e hoje.
14.15 Raquel Medinas: A Pena de Morte na Apologia de Sócrates.
14.30 Guilherme Raposo, Miguel Esteves, Tomás Moura, Bruno Sampaio: Conflitos Religiosos.
14.45 Colectivo do 10ºA: Novas formas de exploração humana.
15.00 Debate
15.30 SOS Racismo: A discriminação Racial em Portugal.
16.00 Amnistia Internacional: Direitos Humanos: a luta continua.
16.45 Debate
17.15 Projecção do documentário: Morte: valerá a pena?
17.40 Músicos sem Fronteiras: concerto de encerramento
Em simultâneo:
. Uma escola multicultural. Acção de formação pelo ACIDI, das 10.30 às 12.30 na biblioteca
.Exposição no átrio (de 4 de Maio a 8 de Maio). A necessidade de medidas para controlo de armas.
. Exposição no átrio (de 4 de Maio a 8 de Maio). Mulheres activistas : rostos de determinação.
. Feira de associações cívicas no espaço exterior com a presença de ILGA, SOS RACISMO, GRAAL, AMINISTIA INTERNACIONAL, PROJECTO HUMANO, ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES

sexta-feira, 24 de abril de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

.24 ABRIL - Marcha contra Biotério da Azambuja

A Plataforma de Objecção ao Biotério (http://www.pob.pt.vu/) é um movimento cívico criado por um grupo de pessoas, na sua maioria ligadas às ciências da vida (Biólogos, Veterinários, Psicólogos) que se juntaram com o objectivo de combater o projecto de construção do Biotério da Fundação Champalimaud.

Como é do conhecimento público, a Fundação Champalimaud pretende construir um biotério com 25 mil gaiolas para produzir animais para experimentação animal, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Lisboa e em terrenos cedidos pelo município da Azambuja.

Enquanto cidadãos responsáveis e informados, somos contra a experimentação animal por motivos éticos e científicos e legais.

Assim e por este biotério ser o maior de Portugal, dos maiores da Europa, ter fins comerciais, envolver dinheiros públicos e ter por objectivo exportar animais para vários cantos do mundo, inclusive países onde não existe qualquer legislação de protecção aos animais, decidimos opor-nos com todas as nossas forças à construção deste revoltante projecto.

Para mais informações sobre o que é o biotério e como combater este em particular consulte o site.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

.Uma verdade escondida posta a nu no Dia H

A violência no namoro é um tema ainda pouco debatido mas que afecta 1 em cada 4 jovens portugueses. No Dia H a violência no namoro sera um tema a expor e debater.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

.Amnistia Internacional - Relatório 2008

A Amnistia Internacional apresenta todos os anos o relatório do estado dos Direitos Humanos no mundo. O de 2008, poderá ser consultado em http://thereport.amnesty.org/prt





.Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condena Estado Português

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=385976&tema=27

sábado, 24 de janeiro de 2009

.Ode à Condição Humana: "Ensaio sobre a Cegueira"

Caros cyber-leitores,

Talvez venha um pouco fora de prazo. Ainda assim, continua a fazer sentido. Decidi, por isso, publicar uma apreciação crítica ao filme "Ensaio sobre a Cegueira" de Fernando Meirelles, inspirado na obra homónima do Prémio Nobel português, José Saramago.

Veio a cegueira e, como por magia, o mundo abriu os olhos.

Polémico, controverso, sublime, intenso, pesado, forte, soberbo, chocante, revoltante, discriminatório, e tantos outros adjectivos, são os termos que me ocorrem para falar do filme que proponho. Talvez nenhum deles o caracterize fielmente, talvez todos os façam, talvez baste um para dar conta da sua essência.
A sua intensidade não passa despercebida. Ninguém, gostando ou repudiando, pode sentir-se indiferente a esta obra de inspiração portuguesa, realização brasileira e interpretação multinacional (americana, brasileira, mexicana, japonesa, entre muitas outras).
Apostando em nomes sonantes de Hollywood como Julianne Moore, Mark Ruffalo, Gael Garcia Bernal e Danny Glover, assim como em actores menos conhecidos, mas de incontestável talento, tais como Alice Braga, em franca ascensão, Yusuke Iseya e Yoshino Kimura, dois actores estreantes em lides “hollywoodescas”, Fernando Meirelles recria o universo paralelo de Saramago. Fá-lo, porém, ao mesmo tempo que lhe acrescenta a uma vertente multicultural e contemporânea, transpondo para o grande ecrã, com um incrível e adequado jogo de luzes- sombras, as mensagens ousadas do escritor português, que apenas pretendia acordar o mundo, fazendo-o fechar os olhos por um momento.
E se num momento nos roubassem o sentido que nos é mais querido? Se abríssemos os olhos e tudo fosse branco como um “mar de leite”? Se fôssemos obrigados a viver às escuras sob uma luz intensa que nos forçasse a olhar para o conteúdo e esquecer, por momentos, a forma? E se o anonimato, a ausência de repressões morais e outras normas sociais nos libertassem, mesmo das roupas que nos aprisionam?
A resposta que nos é dada é simples, curta e objectiva. Seríamos quem somos. Não quem parecemos ser ou gostaríamos de ser, apenas quem realmente somos. Despir-nos-íamos de preconceitos, ideologias inculcadas, de qualquer outro tipo de constrangimentos. Restar-nos-ia a nossa essência, nua e crua, sem floreados. A pacata dona de casa daria lugar à heroína que luta na sombra. O ancião esquecido, ao pregador de uma fé cega e pura. O charmoso e simpático barman, a um "rei" vil e amoral. Postos em xeque, todos fraquejam. Apenas alguns mantêm a dignidade num mundo indigno, cruel e imediato.
As questões levantadas não se esgotam com a temática da fragilidade e instabilidade humanas face às situações de crise, ramificam-se numa teia complexa de eventos intimamente ligados a fenómenos verosímeis e nada fictícios, como a segregação social. Como a resolução de problemas pelo afastamento, ignorando as suas causas e persistindo na análise das consequências imediatas. Assim como as reais relações interpessoais que se estabelecem entre seres que, à partida, pouco têm em comum, mas que acabam por estabelecer hierarquias e relações de cooperação, dominação, subjugação e hostilidade.
De salientar a fantástica edição e montagem do filme que proporcionou uma visão (repito) visão fiel da história veiculada pelo filme. Os flashes, o esbatimento de imagens e as diferentes perspectivas dão ao espectador uma observação (sublinho) observação única desta homenagem aos sentidos e à sua importância para uma contextualização geral do ambiente envolvente. A luz branca vista por todos os que se tornaram cegos simboliza a pureza, não no sentido de inocência, mas no sentido de verdade, de essência. Quando se tornam cegos, passam a ver para lá das formas superficiais e viajam até ao núcleo, descobrindo o mundo de uma forma nova, descobrindo-se a si mesmos. Daí que me pareçam desajustadas as críticas de algumas associações de invisuais, com o devido respeito e citando Saramago, porque são opiniões infundadas e manipuladas, visto que nenhum cego viu o filme. Além de que se o visse, observaria um mundo em que são glorificados, não rebaixados.
A última referência vai para Jullianne Moore, magistral no papel de líder, a mulher vidente de Saramago, detentora de uma visão superior a todos os outros que lhe permite conduzir os cegos. Qual Atlas de ombros frágeis, carregando o peso pesado do mundo que foi forçada a ver, sem que pudesse fechar os olhos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

.Raoul Vaneigem: ontem e hoje


Raoul Vaneigem nasceu em 1934 em Lessines (Bélgica). Autor de um livro célebre, A Arte de Viver Para a Geração Nova, destacou-se todavia enquanto activista da Internacional Situacionista, organização de que foi membro entre 1961 e 1970.
Nos seus livros e inúmeros artigos, Vaneigem distingue-se no exame crítico duma sociedade mercantil em declínio. A sua obra possui o sopro da grande poesia, sopro esse que abarca toda a oposição às relações sociais alienadas, com vista a uma revolução da vida quotidiana.
A Declaração dos Direitos do Ser Humano é um sinal, entre outros, dos progressos da consciência e da emergência de uma civilização onde, pela primeira vez na história, cada um tentará criar o seu próprio destino recriando o mundo.
Os direitos do ser humano não são direitos adquiridos, mas direitos a conquistar, não se inscrevem em nenhuma forma contratual e não implicam nenhum dever. Lançam as bases de um estilo de vida em completa ruptura com uma organização social que tem economizado o homem, condenando-o à violência, ao aborrecimento e ao absurdo de uma existência precária.
Se quiseres saber mais sobre Vaneigem e a sua Declaração Universal dos Direitos do Ser Humano, aparece no dia 3 de Março pela biblioteca da nossa escola.

.Para reflexão...

"Os direitos do homem são simples extensões particulares de um direito único, o de sobreviver com o único fim de trabalhar para a sobrevivência de uma economia totalitária, que se impôs falaciosamente como único meio de subsistência da espécie humana." ( Raoul Vaneigem, Declaração Universal dos Direitos do Ser Humano)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

.Gaza e a "vida" continua...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

.UPA 08

Em 2008 criou-se um movimento contra a discriminação das doenças mentais. Contou com vários nomes conhecidos da música portuguesa que se uniram em torno desta causa. O site é http://www.encontrar-se.pt/ e o nome do movimento é UPA 2008, mas não é tarde para contribuir.